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segunda-feira, 10 de março de 2008

De joelhos



"Bendita seja a Mãe que te gerou."
Bendito o leite que te fez crescer.
Bendito o berço aonde te embalou
A tua ama, para te adormecer!

Bendita essa canção que acalentou
Da tua vida o doce alvorecer...
Bendita seja a Lua, que inundou
De luz, a Terra, só para te ver...

Benditos sejam todos que te amarem,
As que em volta de ti ajoelharem
Numa grande paixão fervente e louca!

E se mais que eu, um dia, te quiser
Alguém, bendita seja essa Mulher,
Bendito seja o beijo dessa boca!

Florbela Espanca

Os Paradoxos do nosso tempo



O paradoxo de nosso tempo na história é que temos edifícios mais altos, mas pavios mais curtos;

auto-estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos;

gastamos mais, mas temos menos; compramos mais, mas desfrutamos menos.

Temos casas maiores e famílias menores;

mais conveniências, mas menos tempo;

mais especialistas e ainda mais problemas,

temos mais graus académicos, mas menos senso;

nós temos mais diplomas, mas menos razão;

mais conhecimento e menos poder de julgamento;

mais conhecimento, mas menos juízo;

mais proficiência, porém mais problemas;

mais medicina, mas menos saúde.

mais ciência, mas menos bem-estar.

Bebemos demais, fumamos demais, gastamos de forma perdulária, rimos de menos, guiamos depressa demais, irritamo-nos muito facilmente, ficamos acordados até tarde, acordamos cansados demais, raramente paramos para ler um livro, ficamos tempo demais diante da TV e raramente rezamos.

Multiplicam as nossas posses, mas reduzimos nossos valores.

Falamos demais, amamos raramente e odiamos com muita frequência.

Aprendemos como ganhar a vida, mas não vivemos essa vida.

Aprendemos a sobreviver, mas não a viver;

adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.

Adicionamos anos à extensão de nossas vidas, mas não vida à extensão de nossos anos.

Já fomos à Lua e dela voltamos, mas temos dificuldade em atravessar a rua e nos encontrarmos com o nosso novo vizinho.

Conquistamos o espaço exterior, mas não o nosso espaço interior.

Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.

Fizemos coisas maiores, mas não coisas melhores.

Limpamos o ar, mas poluímos a alma.

Limpamos nosso corpo, mas poluímos a alma

Dividimos o átomo, mas não os nossos preconceitos.

Escrevemos mais, mas aprendemos menos.

Planeamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a correr contra o tempo, mas não a esperar com paciência.

Aprendemos a nos apressar, e não a esperar

Temos maiores rendimentos, mas menor padrão moral.

Temos mais comida, mas menos apaziguamento.

Construímos mais computadores para armazenar mais informações para produzir mais cópias do que nunca, mas temos menos comunicação.

Tivemos avanços em quantidade, mas não em qualidade.

Estes são tempos de refeições rápidas e digestão lenta;

de homens altos e carácter baixo; lucros expressivos, mas relacionamentos rasos.

Estes são tempos em que se exorta a paz mundial, mas perduram as guerras nos lares;

temos mais lazer, mas menos diversão;

maior variedade de comida, mas menos nutrição.

São dias de duas fontes de rendimento, mas de mais divórcios;

de residências mais belas, mas de lares desfeitos.

Essa é a era de dois empregos e vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados

São dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moralidade, também ela,
descartável, relações de uma só noite, corpos obesos, e pílulas que fazem de tudo: alegram, acalmam e matam.

Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar "delete".

Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre.

Lembre-se de dizer "eu te amo" a sua companheira(o) e às pessoas que ama, mas em primeiro lugar, ame.

Conceda-se tempo para amar, conceda-se tempo para falar, conceda-se tempo para compartilhar os seus preciosos pensamentos.

"Cante, sonhe, teime e lute, sempre."

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Hábitos Breves
Gosto dos hábitos que não duram; são de um valor inapreciável se quisermos aprender a conhecer muitas coisas, muitos estados, sondar toda a suavidade, aprofundar a amargura. Tenho uma natureza que é feita de breves hábitos, mesmo nas necessidades de saúde física, e, de uma maneira geral, tão longe quanto posso ver nela, de alto a baixo dos seus apetites. Imagino sempre comigo que esta ou aquela coisa se vai satisfazer duradouramente - porque o próprio hábito breve acredita na eternidade, nesta fé da paixão; imagino que sou invejável por ter descoberto tal objecto: devoro-o de manhã à noite, e ele espalha em mim uma satisfação, cujas delícias me penetram até à medula dos ossos, não posso desejar mais nada sem comparar, desprezar ou odiar.
E depois um belo dia, aí está: o hábito acabou o seu tempo; o objecto querido deixa-me então, não sob o efeito do meu fastio, mas em paz, saciado de mim e eu dele, como se ambos nos devêssemos gratidão e estendemo-nos a mão para nos despedirmos. E já um novo me aguarda, mas aguarda no limiar da minha porta com a minha fé - a indestrutível louca... e sábia! - em que este novo objecto será o bom, o verdadeiro, o último... Assim acontece com tudo, alimentos, pensamentos, pessoas, cidades, poemas, músicas, doutrinas, ordens do dia, maneiras de viver.

Em compensação, odeio os hábitos que duram, parece-me que tiranos se aproximam de mim para inquinar o meu ar vital com o seu hálito, logo que os acontecimentos se orientam de tal maneira que parece deverem sair deles hábitos definitivos: por exemplo, devido a uma função social, à frequência constante do mesmo meio, de uma residência determinada, de um género de saúde exclusivo. Confessarei até que, no mais fundo da minha alma, estou grato às minhas misérias físicas, à minha doença e a todas as minhas imperfeições, porque me deixam mil portas de saída que me permitem escapar aos hábitos definitivos. O que me seria, para falar verdade, mais insuportável, o que verdadeiramente me aterraria, seria uma vida totalmente despojada de hábitos, uma vida que exigisse uma improvisação constante; isso seria o meu exílio, seria a minha Sibéria.

Friedrich Nietzsche, in 'A Gaia Ciência'

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Para pensar, refletir e ver outros pontos de vista!

Estamos a viver no meio da sociedade, e nada fazemos contra!

Temos que mudar hábitos...

kiss kiss

O PARADOXO DO NOSSO TEMPO



O paradoxo de nosso tempo na história é que temos edifícios mais altos, mas pavios mais curtos;

auto-estradas mais largas, mas pontos de vista mais estreitos;

gastamos mais, mas temos menos; compramos mais, mas desfrutamos menos.

Temos casas maiores e famílias menores;

mais conveniências, mas menos tempo;

mais especialistas e ainda mais problemas,

temos mais graus académicos, mas menos senso;

nós temos mais diplomas, mas menos razão;

mais conhecimento e menos poder de julgamento;

mais conhecimento, mas menos juízo;

mais proficiência, porém mais problemas;

mais medicina, mas menos saúde.

mais ciência, mas menos bem-estar.

Bebemos demais, fumamos demais, gastamos de forma perdulária, rimos de menos, guiamos depressa demais, irritamo-nos muito facilmente, ficamos acordados até tarde, acordamos cansados demais, raramente paramos para ler um livro, ficamos tempo demais diante da TV e raramente rezamos.

Multiplicam as nossas posses, mas reduzimos nossos valores.

Falamos demais, amamos raramente e odiamos com muita frequência.

Aprendemos como ganhar a vida, mas não vivemos essa vida.

Aprendemos a sobreviver, mas não a viver;

adicionamos anos à nossa vida e não vida aos nossos anos.

Adicionamos anos à extensão de nossas vidas, mas não vida à extensão de nossos anos.

Já fomos à Lua e dela voltamos, mas temos dificuldade em atravessar a rua e nos encontrarmos com o nosso novo vizinho.

Conquistamos o espaço exterior, mas não o nosso espaço interior.

Conquistamos o espaço, mas não o nosso próprio.

Fizemos coisas maiores, mas não coisas melhores.

Limpamos o ar, mas poluímos a alma.

Limpamos nosso corpo, mas poluímos a alma

Dividimos o átomo, mas não os nossos preconceitos.

Escrevemos mais, mas aprendemos menos.

Planeamos mais, mas realizamos menos.

Aprendemos a correr contra o tempo, mas não a esperar com paciência.

Aprendemos a nos apressar, e não a esperar

Temos maiores rendimentos, mas menor padrão moral.

Temos mais comida, mas menos apaziguamento.

Construímos mais computadores para armazenar mais informações para produzir mais cópias do que nunca, mas temos menos comunicação.

Tivemos avanços em quantidade, mas não em qualidade.

Estes são tempos de refeições rápidas e digestão lenta;

de homens altos e carácter baixo; lucros expressivos, mas relacionamentos rasos.

Estes são tempos em que se exorta a paz mundial, mas perduram as guerras nos lares;

temos mais lazer, mas menos diversão;

maior variedade de comida, mas menos nutrição.

São dias de duas fontes de rendimento, mas de mais divórcios;

de residências mais belas, mas de lares desfeitos.

Essa é a era de dois empregos e vários divórcios, casas chiques e lares despedaçados

São dias de viagens rápidas, fraldas descartáveis, moralidade, também ela,
descartável, relações de uma só noite, corpos obesos, e pílulas que fazem de tudo: alegram, acalmam e matam.

Uma era que leva essa carta a você, e uma era que te permite dividir essa reflexão ou simplesmente clicar "delete".

Lembre-se de passar tempo com as pessoas que ama, pois elas não estarão por aqui para sempre.

Lembre-se de dizer "eu te amo" a sua companheira(o) e às pessoas que ama, mas em primeiro lugar, ame.

Conceda-se tempo para amar, conceda-se tempo para falar, conceda-se tempo para compartilhar os seus preciosos pensamentos.

"Cante, sonhe, teime e lute, sempre."

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Nota Importante

Nota: Este é um site pessoal, onde reúno tudo que aprecio e recolho da NET em termos de poesia, literatura, imagens e afins. Também coloco textos pessoais, ou de amigos. Não quero violar nenhum direito autoral, mas caso alguém se sinta "prejudicado" ou "violado" por eu gostar de seu trabalho, por favor, entre em contato clicando Aqui que retiro imediatamente. Poetheart