Pesquisar neste blogue

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Corpo de Mulher ( Eros )



Vieste como quem chega, nos braços da madrugada
Trazias feno nos versos que me dissestes calada
Trazias lendas e lumes, trazias sóis por nascer
Uma folha de alvedrio num corpo de mulher.
Rio secreto e profundo, correndo dentro do espanto
Trazias contigo o manto, com que cobriste o mundo
Foste corpo imaculado nos quatro cantos do cio
Fogueira acesa no frio do meu amor desarmado
Amor, amor
Chorar por ti será cantar
Amor, amor
Corpo de trigo e de luar
Amor, amor
Morrer por ti será nascer
Amor, amor
Corpo inventado de mulher
E foi tão bom possuir-te, deitado no pensamento
Como se fosses incenso, lançado ao sabor do vento
Oh meu amor nunca venhas, tão minha sem avisar
Quero esperar-te num leito, feito de linho e de luar.
Quero que sejas um nardo, boca fechada num grito
Que nos transporta a manha, nas léguas do infinito
Quero que sejas profunda, fêmea, raiz e vulcão
A asa, saudade e ciúme na palma da minha mão.
posted by Eros

Sem comentários:

Nota Importante

Nota: Este é um site pessoal, onde reúno tudo que aprecio e recolho da NET em termos de poesia, literatura, imagens e afins. Também coloco textos pessoais, ou de amigos. Não quero violar nenhum direito autoral, mas caso alguém se sinta "prejudicado" ou "violado" por eu gostar de seu trabalho, por favor, entre em contato clicando Aqui que retiro imediatamente. Poetheart