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domingo, 9 de setembro de 2007

Ideal





Ideal

Aquela, que eu adoro, não é feita
De lírios nem de rosas purpurinas,
Não tem as formas lânguidas, divinas
Da antiga Vénus de cintura estreita…

Não é o Circe, cuja mão suspeita
Compõe filtros mortais entre ruínas,
Nem da Amazona, que se agarra às crinas
Dum corcel e combate satisfeita…

A mim mesmo pergunto, e não atino
Com o nome que dê a essa visão,
Que ora amostra ora esconde o meu destino….

É como uma miragem que antevejo,
Ideal, que nasceu na solidão
Nuvem, sonho impalpável do Desejo…

Antero de Quental

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