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quinta-feira, 5 de julho de 2007

Lágrimas


Lágrimas


Derramei lágrimas de sangue quando da morte de nós
se antes do contato frio da lâmina cruel e insana
verti a seiva que alimenta nossos sentimentos... vidas
que farei quando a carne for varada pela foice mortal?
Vísceras malfadas que gotejam o fluir do suspiro final.
Derramei lágrimas de agonia quando do morrer do dia
O manto negro da noite cobrindo a lucidez... loucura
Minha alma vazando fel em leito de dor e trevas
Capaz de sorrir a maldição do eu... bravura?
Derramei lágrimas cristalinas quando se fez noite
O vazio imperial da veste enlutada... só morte
Que será do sonho que outrora embalava a alma
Mísera vida... malogro do dia... funesta sorte.
Derramei lágrimas de desalento quando me vi só
Onde estão meus galhos, as ramas da união
Quebrados e mortos jazem no manto da noite
Já não se fazem faceiros... vivazes rompentes em risos
Dobram-se ao inevitável... sombras que cobrem a razão.
Derramei lágrimas... rios de lamentos sem fim
Angústia cortante que lacera as veias da vida
Mais que mortais, sempre a ferir sem perdão
Zomba do sofrer, mortifica o coração.
Somente quando verti lágrimas silentes
Descobri que a vida é mais que um momento
Não se perde a união na despedida
Não se vai, a felicidade, soprado pelo vento!?


Hades

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