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quinta-feira, 5 de julho de 2007

Desgostoso Rancor


Desgostoso Rancor


Ela ainda estava lá
Sentada, ferida, sangrando
Seus olhos tão carregados de mágoa e fúria
Traziam a eterna infelicidade de sua alma
Copiosamente ela chorava
Pois sabia o trágico destino que a aguardava
Melancólica e irresoluta se levantou
Olhou as marcas que ele lhe deixara e gritou
Sua mente virou um tormento
Loucas e insanas lucubrações lhe torturavam
Novamente ela se prostrou
Não resistiu a tamanha dor que a lacerava
Com as mãos sujas de sangue
Limpou as gotas que ainda escorriam pela sua face
Em um lacônico momento tentou ser forte
Mas não pôde já estava lânguida, amargurada, exaurida...
As feridas abertas não a deixavam esquecer
O que por um momento ela tentou ser (feliz de verdade)
Pela crueldade de um coração não pode ser
Pois aquele quem ela se entregou
A deixara ali maculada, suja, menosprezada...
Sentindo tudo aquilo que lhe restara
O desgostoso rancor de não poder ser amada.


Ricardo Neto

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Nota Importante

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