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domingo, 17 de fevereiro de 2008

Morte ... despedida de alguém ...



Morte

Espero que me ouças ainda amor,
ficou tanto por dizer, a Senhora Morte te levou
e as palavras ficaram presas na garganta que ainda dói...
Letras... qual espadas,
por entre as labaredas deste inverno
pelas longas noites animadas
que nos tornaram guardiões do inferno.
E dói assim não ter-te a aquecer-me
e ver que se detêm as palavras que nunca foram ditas,
e esta vontade louca de as dizer
sufoca-me as palavras interditas.
Olhos meus que fitam os teus,
que transformam o mar de amarguras,
o espaço descrito nos céus
paixões lindas e puras,
pudera eu ter-te só uma noite e dizer-te as palavras que não disse,
quisera eu que a Morte te trouxesse para reter-me nas sombras do meu olhar,
e se te olhasse uma última vez
quisera nas tuas lágrimas afogar as mágoas que ainda sinto!
Chora... traz-me o teu pranto
abraça a minha tristeza
assim como me envolves em teu manto
na loucura da tua beleza,
e sinto-te imortal nesta lembrança,
a morte nunca levará o que te guardo em mim,
e resta-me adormecer a vida com a esperança viva
de que a morte nunca será um fim!
Eterno sentimento que nos eleva
entre paisagens que nos contornam
é tudo o que daqui se leva
a lembrança daqueles que por nós tombam.

by Margarete

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t

Saudade

Afinal a vida não passa de uma saudade sempre igual e sem sentido,
uma saudade eternamente certa,
infinitivamente concreta,
sinceramente indefinida,
fatalmente saudade.

Saudade,
o sentimento descontente que se perde em divagações penosas e plangentes,
a longitude de um adeus que se ganha em cada abraço que não volta...

Saudade,
a quimera degradante que se inventa em cada luar de Primavera,
um penar ultrajante que se sente quando o amor se acaba...

Saudade,
um fingimento incoêrente que se desenha em cada lágrima de dor,
uma felicidade aparente que se esvai em cada espera sem revolta...

(parte de um poema)
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A terra é feita de céu.
A mentira não tem ninho.
Nunca ninguém se perdeu.
Tudo é verdade e caminho.

A morte é a curva da estrada,
morrer é só não ser visto.
Se escuto, eu te oiço a passada
Existir como eu existo.

By busybee

2 comentários:

Olga disse...

O Adeus (eufemismo que uso para me referir à morte) dói muito...e a saudade que fica custa ainda mais!!!Mas acredito que não será uma saudade permanente, acabaremos por matá-la quando dissermos também adeus!

Marcela disse...

esse poema diz muito do que eu estou sentindo.
queria postá-lo em meu blog...
mas enfim, eu gostei, palavras muito bonitas e impactantes
Parabéns!

Nota Importante

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