Arduras do sentimento
Arduras do sentimento
Nas arduras do sentimento
Que aqui e agora esboço
Há mágoa, sofrimento...
O que sou e posso
Sozinho, descontente
Na escuridão de pensar e de ser,
Na penumbra renascente:
- Oh! Que fardo de viver!
Dúvidas invadem-me
Inseguranças afligem-me
Ânsias consomem-me
Medos tomam-me
Nas arduras do sentimento
Também há poesia e bem-estar
Contato com ensinamentos
De viver, amar.
Num mundo do tudo e do nada
De trevas extensas e cálidas
Em plena angústia apertada
Figuras femininas, pálidas
Símbolos de meu lirismo
Que dão forças à minha grafia
E afastam-me do abismo
Que sujeito estou a cada dia
Beleza obscura
Palidez agraciada
De valores polidos
Que só por escolhidos
É corretamente apreciada
Tristeza de momento?
Por enquanto padeço e canto
Nesse solitário pranto
Das arduras do sentimento.
Elóy Souza
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