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terça-feira, 14 de agosto de 2007

Poesia vaga



Filosofia

Dama impassível,
impenetrável,
minha puta de
olhos abstratos.

Poesia

Puta de farta carne,
lasciva e fugidia,
que jamais penetro
senão por estupro.

Angústia

Velha rameira
desdentada,
que me morde
quando brocho.

---

Inda caminha em minha espinha
o fortuito olhar de um cego,
o bom-dia de um surdo-mudo,
o gesto vivo de tantos mortos.

Nós, se nós somos, somos nós
do que o tempo em nós torceu,
e nestes nós de tantos nós
outros nós de nós retornarão.

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Nota Importante

Nota: Este é um site pessoal, onde reúno tudo que aprecio e recolho da NET em termos de poesia, literatura, imagens e afins. Também coloco textos pessoais, ou de amigos. Não quero violar nenhum direito autoral, mas caso alguém se sinta "prejudicado" ou "violado" por eu gostar de seu trabalho, por favor, entre em contato clicando Aqui que retiro imediatamente. Poetheart