Pôr do sol
Sol e o calor..
Novamente vontade em querer ir até ao horizonte que se estende lá bem ao longe, lá bem pertinho do coração, onde a promessa de novas aventuras sempre ficou, sempre me acenou, devagarinho, por vezes quase de modo imperceptível…
Olho ao meu redor, olho para as pessoas que me rodeiam: estranhos, sorrisos e gargalhadas soltas pelo ar, sussuros, olhares procurando também eles outrém, olhares mostrando por vezes alguma emoção… As conversas, voam alto pelo ar. As histórias de um modo geral, são contadas e são de novo vividas quase como um raio de luz, trespassando lentamente, inesperadamente uma brecha nesse tecto, nesse telhado que tenta nos esconder a nós de tudo o mais…
Olho… Deixo que o olhar comande a minha vontade, as minhas mãos, que bruscamente ganham vida e começam elas próprias uma história nova, uma nova aventura que vai ganhando dimensão, que vai pulando cercas e muros até esse horizonte, claro e definido, que se estende como mar, ondulando emoção, paixão e tremor em palavras novas aguardando por alguém que as lance pelo ar, sem precisar de uma razão…
O sol, regressa… Devagar a minha calma regressa também e o tremor desaparece em letras, perfiladas, alinhadas certeiramente à minha frente, ao meu redor, aguardando por um abraço, meu, de alguém procurando um porto onde a emoção seja ela esse sol, quente, que aquece o corpo e o coração…
Recomeço um novo dia, com esse sol, com a alma procurando palavras para escrever aquilo que o olhar, adormecido, vai sussurando como sonho, ao tentar de novo acordar para esse mundo, para essa borboleta esvoaçante que me faz querer de novo voar…
Quando o Sol pela manhã
Vem espreitar à janela
Nos sentimos radiantes
Com visão tão fresca e bela
Desde logo nos sentimos
Tal qual doce criança
Com um brilhozinho nos olhos
Logo cheios de esperança
E neste manhã singela
Mas linda como o amor
A vontade de viver
Ganha logo outro fulgor
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